terça-feira, 7 de janeiro de 2020

DRÁCULA (BBC NETFLIX) - CRÍTICA

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Talvez a melhor obra de Drácula, se não relevar o seu fim.
Drácula, um dos personagens mais icônicos da literatura e do cinema de horror, está de volta nessa nova série que eu já sabia tem um bom tempo que iria existir, mas que não dava a menor importância, e que recentemente achei por acaso na Netflix, enquanto o tédio batia no meu final de semana. E o que eu vi? Talvez a melhor obra audiovisual de Drácula, "baseada nos livros" dos últimos anos.

Por que baseada nos livros? Pois bem, nos últimos tempos a maioria dos lançamentos envolvendo o Conde detinha liberdades demais como o filme Drácula - A história nunca contada, e a que eu considero a melhor sem se basear nos livros, Castlevania. Mas desde 2013/2014 não se tinha uma produção de época do Drácula, como a série DRÁCULA (2013/14) ao qual por mais que tentasse emular um pouco da história do livro ainda trazia um universo próprio, embora eu a considere inferior a essa série da nova década, devo dizer que me agradou bastante inclusive até mesmo tem um encerramento melhor do que a produção da BBC. Ainda não fiz uma crítica da série de 2013/14, mas após essa, voltarei a ver sem nenhum problema.

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Quando eu fiquei fã de Drácula eu não lembro, mas sei que o filme que mais gosto é o clássico Drácula de Bram Stoker (1992), que por mais de não ser super fiel consegue ir além do que o livro tem a mostrar. Essa foi a sensação que tive quando comecei a assistir o primeiro episódio dessa produção, o que para me pegou de supresa, saõ 3 episódios de duração de 90 minutos, praticamente 3 filmes corridos sobre uma nova abordagem. O primeiro é simplesmente sensacional em demonstrar e adaptar, eis a palavra, a primeira parte do livro com Johnathan Harker em contato com seu mais novo cliente, mas não só isso, consegue desfrutar de todo o terror vivido pelo personagem em um castelo labiríntico, destacando cada vez mais a narrativa da história sendo contata por meio de flashbacks em um interrogatório. A grande força dos 2 primeiros episódios está em serem adaptações livres mas chamativas com relação ao telespectador, pois apesar de usar elementos da história original nos trás novidades interessantes, utilizando os 2 personagens principais daqui com maestria, Agata Van Helsing e o Conde Drácula, vivido de forma espetacular por Claes Bang, que para mim leva a série nas costas.

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Infelizmente, outros personagens dos livros são deixados de lado, principalmente Mina, que só aparece no primeiro, isso devido a péssima ideia de levar o personagem para a era moderna no episódio 3, que aí sim foge completamente da obra original, entretanto nos dá para tirar uma boas risadas com o nosso querido vampiro utilizando redes sociais e recebendo suporte jurídico com o seu advogado, afinal és um cliente de mais de 100 anos. 

Quando a produção estava como uma série de época isso era alavancado pela violência, pela sensualidade, pelo sangue, pelo sarcasmo do personagem, era o mal em pessoa de um jeito charmoso comparando-se a Bela Lugosi e Christhoper Lee, porém ao ir para o mundo moderno, ideia essa usada por Drácula no mundo da minissaia, Dracula 2000, Amor a primeira mordida, fez com que o personagem se tornasse um personagem trágico que ansiava pela morte, renegando de vez todos os esteriótipos das lendas vampirescas, apenas para saciar a crença de que algo poderia ser eficaz contra os seres das trevas, o que realmente foi decepcionante e novamente uma abordagem que foi usada em outras produções, como Castlevania Lords of Shadows 2, ao qual o vampirão também ansiava pela morte.

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Drácula então possui um começo espetacular, um meio excelente, mas um desfecho broxante ao ponto de ser levado nas costas pelo seu protagonista, mas que apesar do péssimo ato final, pelo menos nos trouxe algumas risadas com a senha do wi-fi do seu covil ter o nome de DRÁCULA, esse é nível de decadência, isso sem falar da ambientação sensacional de todas as partes apesar de tudo.

Nota: 8.5/10

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